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Maringá tem quase 400 unidades geradoras de energia solar


Até abril, segundo a Copel, foram 111 novas ligações. Aumento nas instalações de placas solares também é percebido pela emissão de ARTs de serviços fotovoltaicos. Eram 18 em 2016 e, este ano, já são 129. Na região Noroeste, o crescimento no período foi de 1.709%.

As instalações de sistemas de energia alternativa crescem no País. De 2016 até o primeiro trimestre deste ano, foram de 7 mil para 75 mil placas fotovoltaicas em todo o Brasil. Boa parte delas estão em municípios do Noroeste. É que o Atlas de Energia Solar do Paraná apontou que a maior incidência solar anual ocorre nesta região do Estado, assim como no Oeste. Para se ter ideia do ‘boom’ da energia limpa, em três anos as conexões de energia solar nas microrregiões de Maringá, Paranavaí, Cianorte, Campo Mourão e Umuarama saltaram de 86 para 709, segundo a Copel (Companhia Paranaense de Energia). O aumento foi de 724%.

Maringá tinha 63 ligações em 2016 e, neste ano, até abril, está com 111 unidades geradoras de energia solar. No período, já são 388 conexões com a Copel. O aumento nas instalações de placas solares também é percebido pela emissão de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) de serviços fotovoltaicos. Eram 18 em 2016 e são 129 este ano na cidade. No Paraná, as ARTs relacionadas a energias alternativas cresceram 536% em dois anos. Em 2016, foram emitidas 771; em 2018, 4.139. Na região Noroeste, o crescimento no mesmo período foi de 1.709%.

Para o Crea (Conselho de Engenharia e Agronomia do Paraná), a preocupação é com os profissionais que estão se inserindo neste mercado, muitas vezes, sem conhecimento especifico da área. O órgão reforça que o Engenheiro Eletricista é o profissional indicado para fazer o projeto, que consiste no estudo para implantação do sistema, garantindo o retorno esperado e evitando transtornos. Ao abrir mão de um profissional ou empresa com responsável técnico capacitado, o cliente corre diversos riscos.

A Engenheira Eletricista Aline Bortoloto alerta para a necessidade de tomar uma série de cuidados na elaboração do projeto, como o posicionamento das placas, o ângulo de incidência da luz solar e assim por diante. Em Maringá, ela diz que a procura pelos sistemas fotovoltaicos para empresas e residências tem motivação financeira, pela economia da conta de luz. No entanto, a demanda dos últimos anos fez os custos de implantação cair e a qualidade das instalações, reduzir.

Segundo a Engenheira, os profissionais da área aguardam a publicação da NBR 16690, que já passou por consulta nacional. A Norma Brasileira garante mais proteção na instalação dos sistemas de energias alternativas, que não são regulados. “Hoje não há uma norma, publicada, especifica para Arranjos Fotovoltaicos, que normalmente são circuitos em corrente continua e em níveis de tensão muito superiores aos usuais, sendo muito comuns circuitos fotovoltaicos com 1000 Volts, além de estarem expostos a descargas atmosféricas. Por essas características serem muito específicas, para garantir a proteção à vida e ao patrimônio, são necessárias diversas medidas de proteção diferenciadas. Com a publicação da ABNT NBR 16690 teremos estas especificações normalizadas”, destaca. Aline integra o comitê da ABNT/CB-003, que elaborou com outros 300 profissionais do país a NBR 16690. A Engenheira Eletricista também faz parte da diretoria da Sinergi, a 1ª Cooperativa de Energia Solar do Paraná.

A Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade) trabalha na conscientização da população sobre os riscos com acidentes elétricos. De acordo com a entidade, em 2018 ocorreram 537 casos de incêndios causados por curto-circuito no Brasil. Desse total, ocorreram 61 mortes. Em relação a 2017, o crescimento dos óbitos foi de 20%.

Legislação Nacional

Desde abril de 2012, quando entrou em vigor a Resolução Normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) nº 482/2012, revisada pela RN nº 687/2015, o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e, inclusive, fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade.

A energia renovável ou alternativa é aquela gerada através de fontes renováveis, que minimiza o impacto ao meio ambiente, seja por meio do não esgotamento de recursos ou por evitar a emissão de gases na atmosfera. É o exemplo da energia fotovoltaica, que consiste na captação de energia solar e transformação em energia elétrica.

São inúmeras as vantagens. A principal delas é a fonte de luz, que é o sol, gratuita, praticamente inesgotável e de custo zero. Porém, antes, há os custos de elaboração de projeto, instalação, compra de placas, conversores, baterias e toda a infraestrutura. A média de investimento para um sistema de energia fotovoltaica gira em torno de R$ 20 mil, considerando uma residência de pequeno porte. Mas tudo depende de estudo.

Caderno Técnico

Acesse o caderno técnico sobre Eficiência Energética do Crea-PR no site:

Crea-PR

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), autarquia que este  ano comemora 85 anos, é responsável pela regulamentação e fiscalização da atuação de profissionais e empresas das áreas da Engenharias, Agronomias e Geociências. A Regional Maringá contempla 112 municípios, conta com aproximadamente 9 mil profissionais habilitados e três mil empresas registradas. Além de regulamentar e fiscalizar, o Crea-PR também promove ações de atualização e valorização profissional por meio de termos de fomentos disponibilizados via Editais de Chamamento.

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